domingo, 30 de agosto de 2009

AGOSTO PRO ROCK (show)

AGOSTO PRO ROCK
Com este título iniciou-se o projeto idealizado por Nildo (conhecido como “aranha”) de valorização das bandas de rock locais e abrir um espaço de diversão para a juventude da cidade. O evento aconteceu no Lindinalva Cabral no dia 29/08/09 e reuniu as bandas “River Murphy” , “Prafatory”, “Caffeine Queen”, “Hatend” (com seu cd recentemente lançado) e “Age of Fear”, que tocaram nesta sequência. Além deles um grupo de Hip Hop e Chuck, que fez sua estréia como comediante com um mini espetáculo chamado “Rock é coisa do cão”, fizeram apresentações.
Em Paulo Afonso a cena roqueira tem evoluido muito, claro que à revelia do poder público como é de praxe. Jovens dedilhando violões e guitarras para aprender a tocar é quase sempre o início da realização de um sonho: mostrar ao mundo que se é capaz de fazer algo criativo e de valor. A música tornou-se a válvula de escape para uma juventude entediada com a escola e cansada de uma vida sem desafios. O rock com seu apelo de rebeldia e pulsação pela vida, assim como por sua forte dose de sexualidade, é o estilo preferido desde os anos 50 por esta juventude.
As bandas que tocaram demonstraram profissionalismo. Músicos competentes e vocalistas (uma delas, “Caffeine Queen”, com vocal feminino) muito bons. É de se esperar que as músicas autorais não primem pela extrema originalidade. É natural que sendo muito jovens sua musicalidade tende ainda a ser o espelho de seus ídolos musicais. A experiência e o empenho farão com que a criatividade aflore com o tempo.
Nota dez para a organização do evento mas um zero para a intolerância dos fiscais da prefeitura. O último show (da banda “Age of Fear”) foi bruscamente interrompido por um fiscal prejudicando a apresentação da banda e frustrando os fãs. O show foi planejado para terminar à meia noite mas os fiscais sempre são tolerantes com eventos organizados por colégios, igrejas e até com shows de pagode no mesmo local. Com o rock predominou o autoritarismo. Lamentável.
Nota dez também para o público que se divertui, dançou e não agrediu ninguém. Que venham outros shows.
Aristóteles Lima Santana. 30/08/09